O retrofit aparece como uma opção extremamente desafiadora pelo fato de reconstruir uma estrutura antiga sem perder as características originais do imóvel. Afinal, engenheiros e arquitetos sabem o quão árduo e laborioso tal desenvolvimento e execução são, não é mesmo?
Acompanhe os esclarecimentos dados a seguir para dirimir algumas dúvidas!
O início do retrofit ocorreu em países europeus cuja legislação proibia a substituição de acervos arquitetônicos, ou seja, sem perspectiva de demolição e criação de novas obras. Logo, a saída foi aprimorar as obras existentes.
Desse modo, torna-se um desenlace para construções desvalidas ou com péssimos atributos de conservação, favorecendo e preservando o patrimônio ao dar uma “vida nova”.
A principal diferença entre retrofit e reforma é manter a natureza original do projeto no sentido de customizar e melhorar a possibilidade de usufruto de um imóvel antiquado, como exemplo, torná-lo mais protegido e assegurado para maior conforto dos usuários. O objetivo é empregar novas soluções e tecnologias sem tirar as características iniciais.
O imóvel que passar por este processo, pode continuar com o mesmo uso ou alterar a finalidade que possuía anteriormente.
O retrofit pode ser mais oneroso em relação a um projeto iniciado do zero por consequência de profissionais experientes, atualização de materiais e substituições de produtos.
Confira as etapas desta obra:
– Demolição controlada de partes existentes;
– Reforço estrutural por meio de fibras de carbono, metálicas ou de vidro, chapas de aço, concreto leve;
– Drywall para fechamentos internos;
– Modernização e substituição das instalações de elétrica, hidráulica, telefonia, ar condicionado, cabeamento;
– Instalação de piso elevado;
– Revitalização da fachada por meio da modificação de pastilhas, troca de esquadrias, tratamento de fissuras.
Vale lembrar que o retrofit favorece a sustentabilidade da arquitetura por reaproveitar as edificações e prolongar sua vida útil.
Márcio Estefano, Prof. PhD
Lidiane Bazaglia